A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), uma das maiores produtoras independentes de energia na região austral de África, registou até ao final do primeiro semestre de 2024 uma produção hidro-energética de 8.396,38 GWh. Este valor corresponde a um aumento de 3,44% em relação ao planificado para este período. Comparado com o mesmo período de 2023, a produção do primeiro semestre de 2024 representou um incremento de 4,77%.
Texto: Dossiers & Factos
Segundo um comunicado da empresa a que Dossiers & Factos teve acesso, o crescimento foi alcançado graças à gestão cautelosa do empreendimento e à contínua dedicação das equipas de trabalho aos programas de reforço de operação e manutenção dos equipamentos da cadeia de produção.
Apesar do bom desempenho na produção de energia, a disponibilidade hídrica apresentou desafios. No final do primeiro semestre, em 30 de Junho de 2024, a barragem de Cahora Bassa tinha uma cota de 316,98 metros, correspondente a 59,2% do armazenamento útil da albufeira. Este nível de armazenamento é significativamente baixo para este período, influenciado por fracas afluências devido ao fenómeno El Niño, caracterizado por precipitação abaixo do normal na região.
Em resposta a esta situação, a HCB iniciou em Junho a implementação de um plano cauteloso de gestão hidro-energética da albufeira e das infra-estruturas conexas, visando equilibrar as necessidades de produção com a disponibilidade hídrica, minimizando o desvio negativo em relação à produção anual planificada.
“A produção energética da HCB é deveras importante e indispensável para a estabilidade energética do país e da região. A empresa continuará a acompanhar as previsões meteorológicas de longo prazo, a evolução da situação hidro-climatológica da bacia do Zambeze e as actualizações dos planos de exploração das barragens de montante, de modo a permitir que, em tempo útil, possa proceder a ajustamentos operacionais em Cahora Bassa,” afirmou Tomás Matola, Presidente do Conselho de Administração da HCB.