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NA SEGUNDA CONFERÊNCIA DOS BFSI: Moçambique traça rumo para o futuro digital no sector financeiro

A segunda edição da Conferência dos Serviços Bancários, Financeiros e Seguros (BFSI), com tema central “Transformação do Sector BFSI para Impulsionar o Desenvolvimento do Conteúdo Local e a Integração nos Mega Projectos”, reuniu figuras ilustres como a vice-ministra da Economia e Finanças, Carla Louveira, o presidente do Conselho Municipal de Maputo, Rasaque Manhique, e vários representantes de empresas públicas e privadas, além de especialistas internacionais e estudantes universitários.

Texto: Dossier Económico

Na abertura do encontro, o presidente do Conselho Municipal de Maputo, Rasaque Manhique, destacou a importância do evento como plataforma para discutir os desafios e oportunidades no sector financeiro em Moçambique. “O sector bancário, serviços financeiros e de seguros desempenham um papel vital no crescimento económico e na estabilidade de Moçambique”, afirmou Manhique.

Ele enfatizou ainda o compromisso do Conselho Municipal que lidera em apoiar iniciativas que promovam a inclusão finan ceira e a digitalização, facilitando o acesso ao crédito, poupança e seguros para toda a população.

Transformação digital e inclusão financeira

A conferência destacou a revolução digital em curso e a importância da adopção de tecnologias emergentes. Anabela Mabota, representante do FSDMoç, afirmou: “Essas tecnologias são cruciais para garantir um sistema financeiro mais seguro e eficiente”. Mabota destacou a necessidade de colaboração estratégica entre governo, reguladores, instituições financeiras e provedores de tecnologia para superar os desafios e aproveitar as oportunidades da transformação digital.

Já a vice-ministra da Economia e Finanças, Carla Louveira, reforçou a importância da digitalização, mencionando avanços significativos como a interoperabilidade entre instituições financeiras e o uso do Número Único de Identificação Bancária (NUIB). “A inclusão financeira começa a ser uma realidade em nosso País, com mais de 31% da população tendo acesso aos serviços bancários”, afirmou Louveira.

Rasaque Manhique também sublinhou a responsabilidade das instituições financeiras em educar e capacitar os cidadãos sobre educação financeira. “É essencial que essas instituições trabalhem em parceria com o governo e organizações não-governamentais para criar programas que melhorem a literacia financeira em todas as camadas da sociedade”, disse ele.

Os painéis da conferência foram organizados para explorar temas críticos que vão desde a inovação e dados até o desenvolvimento do conteúdo local.

O primeiro painel explorou estratégias para um acesso integrado e sustentável aos serviços financeiros, com foco na inovação de dados. Foram discutidas as melhores práticas para colecta, processamento e armazenamento de dados, além de estratégias para garantir que a inovação tecnológica beneficie amplamente a sociedade.

No segundo painel, os debates centraram-se em estratégias para expandir o acesso aos serviços de seguros de forma sustentável. Os participantes discutiram os desafios enfrentados pelo sector de seguros em Moçambique, como a baixa penetração no mercado, e a necessidade de produtos mais acessíveis e adaptados às necessidades locais. Foi enfatizada a importância da educação sobre seguros e da colaboração entre seguradoras, reguladores e o governo para criar um ambiente mais favorável ao crescimento do sector.

Desenvolvimento do Conteúdo Local

O terceiro painel analisou como o sector BFSI pode contribuir para o desenvolvimento do conteúdo local e a integração em mega projectos. Foram discutidas políticas e práticas que incentivam a participação local em grandes projectos e a importância de desenvolver capacidades locais para garantir que os benefícios económicos sejam amplamente distribuídos.

Geor Mandawa, representante do BCI, afirmou: “O sistema financeiro moçambicano é estável, inclusivo e tem sido um pilar para o desenvolvimento de Moçambique”.

O quarto painel abordou a necessidade de reformular a narrativa africana, desbloqueando o potencial do continente e traçando novos caminhos. Víctor Timóteo, PCA da Movitel, destacou: “As organizações devem procurar ser as mais sigilosas possíveis com os dados dos clientes”. A importância da colaboração estratégica e da inovação tecnológica foi reiterada como chave para promover um sistema financeiro inclusivo e sustentável.

Compromisso com o Futuro

A conferência reafirmou o compromisso dos diversos atores do sector BFSI em promover um ambiente financeiro robusto, inclusivo e inovador em Moçambique. “O governo está comprometido em trabalhar com o sistema financeiro nacional no investimento em inovação tecnológica e na expansão das infra-estruturas de telecomunicações”, declarou Carla Louveira.

Geor Mandawa, representante do BCI, enfatizou a importância da segurança de da dos e da inclusão financeira, destacando a necessidade de garantir que a inovação beneficie todas as camadas da sociedade. Vitor Timóteo também destacou a importância da confidencialidade dos dados dos clientes.

A segunda edição da Conferência BFSI foi um marco importante para o desenvolvimento do sector financeiro em Moçambique proporcionando um espaço para a troca de ideias e a formulação de estratégias para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades futuras. A conferência deixou claro que, com colaboração e inovação, o sector BFSI pode ser um motor significativo para o desenvolvimento económico e social do país.

Texto extraído na edição 120 do Jornal Dossier económico

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