Não se sabe se por orientação político-partidária, apetência crónica para a vassalagem ou défice de consciência política, mas alguns eleitores que militam no partido Frelimo a nível do Município da Vila da Namaacha, província de Maputo, decidiram fazer-se às cabines de votação com celulares para fotografar os boletins de votos depois de os marcar.
Este acto, que configura ilícito eleitoral, conta com a complacência dos Membros das Mesas de Voto (MMV’s), grosso modo membros e simpatizantes do partido do “Batuque e Maçaroca”. Muitos deles, aliás, militam activamente, tendo inclusive participado da campanha eleitoral que antecedeu o escrutínio de hoje, 11 de Outubro.
De acordo com fontes do Dossiers & Factos, o registo do sentido de voto funciona como “prova de fidelidade” ao “glorioso”, num contexto de impopularidade sem precedentes.
Para alguns destes cidadãos, é até mais barato cometer ilícito eleitoral do que ser desconfiado pelo próprio partido. É que, conforme salientam nossas fontes, parte dos membros do “partidão” que fizeram fotografias convivem com o cabeça de lista do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) naquela autarquia, Lourenço Chongo, pelo que tinham o “dever” de mostrar que não trocaram “disciplina partidária” pela “amizade”. Inenarrável!