“O nosso Estado não é um Estado normal, é um Estado babilónico”, afirmou recentemente o candidato à Presidência, Venâncio Mondlane, em entrevista à Lusa. Mondlane assegurou que, caso seja eleito na votação de Outubro próximo, a sua primeira medida como Presidente será reformar o Estado moçambicano, que considera “babilónico”, transformando-o num “Estado normal”.
Mondlane promete reformar o Estado e a governação, criando um país que “não dependa de um partido político e de alianças”, mas que se baseie na lei e na Constituição da República. Segundo o candidato, Moçambique deve ser um Estado verdadeiramente republicano e de direito democrático.
Após esta reforma estrutural, Mondlane compromete-se a dedicar-se a diversas áreas fundamentais, afirmando: “Faremos tudo pela educação, pela saúde, pelas forças armadas, pelo turismo, pela cultura, pelas artes, pela imprensa, pela comunicação social e todas as outras coisas”.
O candidato, um dos quatro que concorrem à Presidência da República, defendeu também a necessidade de referendar os poderes do chefe de Estado, que considera excessivos, e propôs a revisão da Constituição da República. Mondlane sugeriu a introdução de dois novos direitos fundamentais: “o direito de beber água” e “a nutrição infantil, sobretudo no ensino primário do primeiro ciclo”.
Por fim, Venâncio Mondlane compromete-se em resgatar a pátria, destacando que é o único candidato com um histórico comprovado de batalhas pelo povo moçambicano, em contraste com os restantes concorrentes.