Após anunciar publicamente a vontade de apoiar o partido MK, o Comité Executivo Nacional do Congresso Nacional Africano (ANC) decidiu suspender sumariamente o veterano Jacob Zuma, antigo presidente da República.
Segundo o órgão, Zuma violou os estatutos do partido ao manifestar apoio a uma organização cujos objectivos e políticas são contrários aos valores defendidos pelo ANC, escreve o TimesLive, na sua página electrónica.
“Puxámos o gatilho mas não esvaziámos a câmara”, disse um membro do CNE. A fonte não disse quando é que será instaurado um processo disciplinar, mas foi inflexível quanto à necessidade de o mesmo se efectivar.
Em um comunicado citado pelo TimesLive, o ANC escreve que “a formação do partido MK não surge por acidente. É uma tentativa deliberada de utilizar a orgulhosa história da luta armada contra o regime do apartheid para dar credibilidade ao que é uma agenda flagrantemente contra-revolucionária”.
Ao apoiar o partido MK, Zuma disse que não podia apoiar o “ANC de [Cyril] Ramaphosa”.
O debate sobre o destino de Zuma terá agitado a reunião do NEC, que terá ouvido opiniões de membros que apelavam ao seu afastamento imediato, enquanto outros argumentavam que isso só o tornaria mais forte, uma vez que utilizaria a mentalidade de vítima.
Os que se opuseram terão argumentado que não seria sensato suspender ou expulsar Zuma em vésperas de eleições. No entanto, os que defenderam a suspensão e a expulsão do antigo presidente terão argumentado que não tomar medidas contra ele enviaria uma mensagem de que o ANC tem medo de Zuma.
