Recém-empossado presidente da Argentina, Javier Milei tem aprovado uma série de reformas com vista a resgatar o País da crise económica na qual se encontra mergulhado há anos. Esta semana veio à tona uma das medidas mais impopulares e com forte potencial para agudizar as manifestações contra o novo governo: trata-se do aumento do bilhete de autocarro de 70 para 400 pesos, valor acima da metade do salário mínimo.
A notícia é avançada pelo El Economista, citado pelo Diário de Notícias. “O pior já se faz sentir nas zonas mais remotas da capital, onde o preço já quintuplicou este mês e o custo de viajar duas vezes por dia durante um mês já representa dois terços do salário mínimo”, escreve o jornal.
Conhecido por “El Loco”, o novo líder do executivo argentino, que se auto-intitula “anarco-capitalista”, já é fortemente contestado por parte significativa da sociedade, que tem lotado as principais cidades do País do Tango em jeito de protesto.
Para frear as manifestações, o governo de Milei anunciou, a 14 de Dezembro, “sanções severas” para quem se fizer à rua para mostrar sua indignação. Uma delas é o corte de benefícios sociais.