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Coral Sul já realizou 58 carregamentos de Gás

O projecto Coral Sul, situado na Área 4 da bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, Moçambique, já completou 58 carregamentos de gás natural liquefeito (GNL) para exportação desde Novembro de 2022. Rudêncio Morais, administrador-executivo de Pesquisa e Produção da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), relatou que 18 desses carregamentos foram realizados neste ano, destacando a importância do projecto para a matriz energética do país.

“Desde meados do ano passado, temos enviado entre quatro e cinco embarcações mensais de Cabo Delgado para o mercado internacional. Precisamos aproveitar ainda mais as oportunidades criadas por este projecto”, afirmou Morais.

Morais sublinhou a necessidade de aumentar a produção de GNL em Moçambique, mencionando que a ENH está comprometida em promover o gás natural como parte da transição energética para fontes mais limpas. “O gás pode impulsionar outros sectores da economia nacional, como a agricultura, e gerar milhões de dólares para os cofres do Estado”, acrescentou.

A plataforma Coral Sul, localizada a cerca de 30 quilómetros do distrito de Palma, tem capacidade para produzir 3,3 milhões de toneladas de GNL por ano. O projecto é operado pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma joint venture composta por ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detêm 70% de participação no contrato de concessão. A Galp, Kogas (Coreia do Sul) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) possuem cada uma 10% de participação.

Em Novembro do ano passado, Giorgio Vicini, representante da Eni em Moçambique, revelou que a exploração de gás natural pela plataforma flutuante Coral Sul contribuiu com 6,5% para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Moçambique. Entre Outubro de 2022 e maio de 2023, a operação gerou 34 milhões de dólares em receitas para o Estado.

Moçambique possui três projectos de desenvolvimento aprovados para a exploração das vastas reservas de gás natural da bacia do Rovuma, uma das maiores do mundo, todas localizadas ao largo da costa de Cabo Delgado. Dois desses projectos, de maior escala, envolvem a canalização do gás do fundo do mar para instalações terrestres, onde será liquefeito para exportação.

O projecto liderado pela TotalEnergies (consórcio da Área 1) avançou até ser suspenso indefinidamente após o ataque armado a Palma em Março de 2021. A TotalEnergies declarou que só retomará as actividades quando a segurança na área estiver garantida. O outro grande projecto, ainda sem previsão de início, é liderado pela ExxonMobil e Eni (consórcio da Área 4).

O terceiro projecto, de menor escala e já concluído, também pertence ao consórcio da Área 4 e consiste numa plataforma flutuante de captação e processamento de gás directamente no mar, iniciando operações em Novembro de 2022

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