A plataforma flutuante Coral Sul FLNG, situada em águas ultra-profundas ao largo da província de Cabo Delgado, alcançou um feito notável na produção de gás natural liquefeito (GNL). No dia 17 de Agosto de 2024, a unidade registou um recorde de 25.013 metros cúbicos de GNL produzidos em apenas 24 horas. Desde o início das suas operações em Outubro de 2022, a Coral Sul FLNG consolidou-se como um pilar estratégico na produção e exportação de GNL e condensado em Moçambique.
Recentemente, Ludovina Bernardo, Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), visitou a plataforma acompanhada por uma comitiva que incluía o secretário de Estado da província de Cabo Delgado e representantes da ENH. Durante a visita, a equipa percorreu os diversos compartimentos da imponente estrutura — que mede 413 metros de comprimento e mais de 60 metros de largura — e assistiu a uma apresentação detalhada sobre o desempenho da plataforma.
Até à data, a plataforma Coral Sul FLNG já completou 75 carregamentos de GNL e 11 de condensado. Actualmente, a unidade mantém uma produção média diária de cerca de 24 mil metros cúbicos de GNL, o que permite um carregamento semanal de GNL e um de condensado a cada dois meses. A performance da plataforma foi optimizada após a obtenção do Certificado de Aceitação de Desempenho (PAC), superando as expectativas iniciais de produção.
Durante a visita, Ludovina Bernardo destacou que “este projecto consolida a agenda de desenvolvimento do país e comprova a capacidade de Moçambique em atrair investimentos para a materialização de projectos estruturantes e com impacto multiplicador na economia”. Além disso, referiu-se à presença de jovens moçambicanos a bordo da plataforma, sublinhando que “estamos a colher os resultados da formação da mão-de-obra nacional”. A PCA reafirmou também a importância do conteúdo local e da participação das empresas moçambicanas nestes empreendimentos.
A Coral Sul FLNG é operada pela empresa italiana Eni em nome da Mozambique Rovuma Venture (MRV), que detém 70% do interesse participativo. As empresas ENH, Galp e Kogas possuem 10% cada uma. Este projecto é uma peça fundamental na exploração de hidrocarbonetos em Moçambique, reafirmando o potencial do país no sector energético e o seu contributo para a agenda de desenvolvimento nacional.