O presidente russo, Vladimir Putin, decretou cessar-fogo de dois dias (6 e 7 de Janeiro), alegadamente com o intuito de permitir que os ucranianos possam celebrar com tranquilidade o natal ortodoxo. O chefe do Kremlin apelou a contraparte ucraniana para fazer o mesmo, mas a resposta foi negativa.
Para o presidente da Ucrânia, Volodomyr Zelensky, o cessar-fogo proposto pelos russos não passa de um “disfarce” visando retardar o alegado avanço dos seus homens na região de Donbass. “Todos sabem como o Kremlin usa as paralisações na guerra para continuar a guerra com vigor renovado”, afirmou Zelensky.
A reacção do presidente ucraniano à proposta russa está alinhada à do seu principal parceiro na guerra, os Estados Unidos da América, que considera que Putin decretou o cessar-fogo para ganhar “fôlego”. Já os alemães falam em “hipocrisia” de Moscovo.
A guerra entre a Rússia e Ucrânia está à beira de completar um ano. Ela teve início a 24 de Fevereiro de 2021, dia em que tropas russas invadiram o país vizinho.