O líder militar do Burkina Faso permanecerá no poder por mais cinco anos, após a assinatura de uma nova carta decorrente de consultas nacionais realizadas no sábado, 25 de maio. As conversações, que ocorreram na capital Ouagadougou, contaram com a participação da sociedade civil, forças de segurança e legisladores de transição, embora a maioria dos partidos políticos tenha optado por não participar.
“A duração da transição está fixada em 60 meses a partir de 2 de Julho de 2024”, afirmou o coronel Moussa Diallo, presidente do comité organizador do processo de diálogo nacional, conforme citado pelo Africanews.
O governo de transição tem administrado o Burkina Faso sob uma constituição aprovada por uma assembleia nacional composta por oficiais do exército, grupos da sociedade civil e líderes tradicionais e religiosos. A junta estabeleceu o objectivo de realizar eleições para devolver o país ao regime democrático até Julho de 2024.
O Burkina Faso integra uma lista crescente de países da África Ocidental onde os militares tomaram o poder, alegando que os governos eleitos não cumpriram suas promessas.