O Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) diz que a operacionalização do sistema de aviso prévio ajudou a mitigar os efeitos da seca no período 2023/2024 no País. A boa nova foi avançada por Luísa Meque, presidente do INGD em Maputo, no seminário de balanço do processo de implementação dos planos de acções antecipadas à seca da época 2023/2024.
Texto: Hélio de Carlos
Segundo a Presidente do INGD, a estratégia pioneira, implementada de forma conjunta, reduziu o número de pessoas afectadas pela seca, através da promoção de infra-estruturas de água resilientes, a alocação de insumos agrários e protecção social adaptativa.
No encontro, o Director-Adjunto do Instituto Nacional de Meteorologia, Mussa Mustafa, garantiu que o INAM vai continuar empenhado na divulgação de informação de aviso prévio para reduzir o impacto dos fenómenos naturais no seio da população.
INGD intensifica inclusão
Mais distritos das províncias de Gaza, Inhambane, Sofala e Tete poderão ter novas infra-estruturas de água resilientes, alocação de insumos agrícolas e protecção social reforçada para fazer face à seca.
De referir que, em 2022, o Governo aprovou o Manual de Procedimentos Operacionais Padronizados para o Sistema de Aviso Prévio e Acções Antecipadas à Seca. No âmbito deste projecto e para reduzir o impacto da seca causada pelo El Niño, o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres e seus parceiros construíram infra-estruturas em nove distritos de Gaza, Sofala e Tete.
Para este ano, o sector pretende expandir o projecto para as populações mais afectadas pelos eventos climáticos extremos.
“O INGD está a coordenar com vários parceiros, com vista a expandir esta iniciativa com a inclusão, nos distritos da província de Gaza, em Massangena e Chigubo, na província de Inhambane, o distrito de Funhalouro e Mabote, na província de Sofala, o distrito de Machanga, e em Tete, o distrito de Màgoé”, disse Luísa Meque, presidente do INGD.
Para fazer face à época chuvosa 2024-2025, a presidente do INGD disse que a instituição está a trabalhar no aprimoramento da estratégia.
Por outro lado, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, o fenómeno El Niño tende a perder forças. Entretanto, só em Setembro próximo será possível prever o nível de chuva que poderá afectar o país e a região da África Austral.
“Este trabalho normalmente termina nos finais de Agosto, e em Setembro temos a informação geral, não só específica de Moçambique, mas também de outros países, dado que os fenómenos meteorológicos, quando se desenvolvem, não se limitam a um só país”, explicou Mussa Mustafa, Director-Adjunto do INAM.