O Congresso da Renamo, marcado para os dias 15 e 16 do corrente mês, na província da Zambézia, promete ser mais um momento quente da política nacional, à semelhança do que aconteceu no último fim-de-semana, com a realização da atribulada Sessão Extraordinária do Comité Central da Frelimo. Em causa está a significativa lista de candidaturas à presidência do partido.
Conforme noticiou Dossiers & Factos, Venâncio Mondlane “mandou fumar” o perfil definido e submete sua candidatura na tarde desta terça-feira, passo já dado por Elias Dhlakama e Alfredo Magumisse, sendo expectável que Juliano Policarpo, que anunciou candidatura, também o faça.
A estes juntam-se ainda dois nomes sonantes: Ivone Soares e André Magibire. Soares, que é sobrinha de Afonso Dhlakama, já exerceu o cargo de chefe da Bancada da “perdiz” na Assembleia da República, enquanto Magibire foi secretário-geral até Setembro de 2022, tendo sido sucedido por Clementina Bomba.
Ou seja, são já seis as figuras que desejam pleitear com Ossufo Momade, que por sua vez procura renovar o mandato. Tanto “candidato voluntário” é algo inédito na história da “perdiz”, até porque durante largos anos Afonso Dhlakama liderou sem qualquer oposição.
O actual movimento levanta, pois, uma questão importante: a quantidade extraordinária de membros que “se querem” será sinónimo do crescimento democrático do partido ou de fragilidade de Ossufo Momade?