A ministra do Trabalho e Segurança Social, Margarida Talapa, fez saber, hoje, 24 de Maio, durante a segunda conferência sobre o trabalho infantil, que o sector da agricultura lidera as estatísticas, no que diz respeito ao trabalho infantil, isso devido a vários factores, desde sociais e culturais, numa altura em que pelo menos uma em cada 5 crianças não é coberta pela protecção social, o que aumenta a sua vulnerabilidade. O evento decorreu sob lema, “Todos unidos na Luta contra o Trabalho Infantil”.
“Como podemos estar recordados, este sector [agrário] apresenta um peso considerável do trabalho infantil e bastante desafiante devido ao elevado nível de informalidade e seriamente afectado por certas práticas culturais que confundem o trabalho de preparação da criança para ser um adulto responsável e com habilidades para a subsistência, o que em muitos casos resulta na submissão da criança ao trabalho perigoso e prejudicial para o seu desenvolvimento físico e psíquico harmonioso”, disse.
Segundo a dirigente, no mundo, cerca de 160 milhões de crianças ate em 2020, eram obrigadas a se envolver no mundo do trabalho, conduzidas por diversas razões.
“Os dados indicam ainda que pelo menos 79 milhões das crianças do mundo realizam trabalhos perigos, sendo que destas, 23% vivem na África Subsaariana, onde se inclui Moçambique”.
Talapa apelou o envolvimento de todos no combate a mão-de-obra infantil, “[…], não se pode e nem se deve cruzar os braços entregando a responsabilidade da erradicação deste mal apenas às autoridades estatais, pois todos juntos somos mais fortes e cada um de nós tem a sua responsabilidade”.